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O agir ético

 

Vale partir do princípio de que falamos das assessorias de imprensa conduzidas e integradas por jornalistas, assim como são os hospitais, por médicos, e as padarias, por padeiros. Quando não são, nem haverá que falar de Ética, porque constituir-se-ão, as assessorias de imprensa, em simples repartições voltadas para os objetivos das respectivas instituições, públicas ou privadas. Objetivos que podem ser louváveis ou não, tanto faz.

 

É para o jornalista das assessorias de imprensa que voltamos nossa atenção. Terá ele condições de agir eticamente, ou seja, de manter os princípios que devem pautar sua profissão, de informar precisa e corretamente, junto com a natural obrigação de servir à instituição para a qual trabalha, promovendo-a e expondo sua ação também a serviço da sociedade?

 

Torna-se muito mais difícil exercitar a Ética, para um jornalista de assessoria de imprensa. Ele deve cultivar duas lealdades. À sociedade, como jornalista que é, e à instituição, como seu servidor. Não raro sobrevêm choques e conflitos entre essas duas paralelas. O assessor de imprensa de um hospital é interpelado por seus colegas jornalistas de diversos veículos a respeito do péssimo tratamento recebido pelos pacientes.

 

CARLOS CHAGAS, jornalista

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